O Museu da Educação e do Brinquedo Butantã, localizado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) na zona oeste da capital, foi criado em 1999.
O acervo do museu reúne itens que são datados do início do século XX. Surge a partir de doações feitas para o Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos (Labrimp) da FEUSP de brinquedos, jogos, materiais pedagógicos e um acervo fotográfico, que possui valor histórico, das primeiras instituições de educação infantil na cidade de São Paulo.
Instalou-se na Faculdade de Educação através do financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Museu da Educação e do Brinquedo Butantã História
Foi fundado em 1999 e surgiu a partir do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos (Labrimp), que se comprometeu a criar o “Museu da Criança”, como foi inicialmente denominado, em uma congregação da FEUSP em 28 de fevereiro de 1985. Começou a se organizar a partir de doações de brinquedos artesanais e antigos, materiais pedagógicos provenientes do acervo de jogos educativos existentes na Faculdade de Educação e fotografias das primeiras instituições de educação infantil na cidade de São Paulo.
Em 10 de abril de 1988, foi aberto ao público o Museu do Brinquedo e do Material Pedagógico também chamado de Museu do Labrimp. Apenas em 20 de agosto de 1999 o museu passou a se chamar Museu da Educação e do Brinquedo. Teve sua inauguração oficial e passou a fazer parte da FEUSP, usufruindo de uma estrutura mais adequada, pois dispunha de uma sala própria com vitrines.
Logo após a inauguração, o museu não tinha um grande número de visitantes. As visitas deveriam ser agendadas e eram guiadas e restrita a certos horários. Por esse motivo, o papel do Labrimp foi fundamental para a consolidação do MEB. Educadores, alunos de magistério, graduação e pós-graduação que visitavam, pesquisavam e consultavam o Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos, também eram incentivados a visitar o Museu da Educação e do Brinquedo. O museu também ficou conhecido através do estímulo dos professores aos alunos da Faculdade de Educação, para que eles estudassem temáticas ligadas ao MEB.
A partir dos anos 2000, o Museu da Educação e do Brinquedo contou com o auxílio de um programa de bolsas do Programa Bolsa de Trabalho, que contava com dois alunos responsáveis pelo museu, flexibilizando o horário de funcionamento e dispensando o agendamento prévio. O que o tornava mais atrativo ao público. Entretanto, esses mesmos alunos deveriam se responsabilizar pela brinquedoteca do Labrimp. Por isso, o crescimento e o desenvolvimento do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos está intimamente ligado ao do MEB.
O museu encontrou algumas dificuldades. Por depender do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos, o Museu da educação e do Brinquedo não pôde consolidar uma imagem institucional própria. Além disso, o acervo era mal articulado, fazendo com que os itens parecessem ser colocados de forma aleatória .
Jany Elizabeth Pereira é mestre em Educação e professora da FEUSP e assumiu como educadora responsável pelo MEB em 2003. Ela levou o museu para participar da “Semana da Educação de 2003” e contou com uma equipe de estagiários da Pedagogia da Faculdade de Educação. Esse fato contribuiu para a construção da identidade do museu. Jany Elizabeth Pereira articulou o acervo do MEB de modo que ele contasse uma história e fosse lúdico. Cada vitrine possuía uma temática própria. Além disso, resgatou as visitas monitoradas, por elas ajudarem a transmitir informações e curiosidades sobre o acervo aos visitantes. A professora teve um papel importante para o museu, pois foi a primeira a sistematizar o acervo, o modo de receber os visitantes e as visitas monitoradas, tornando-o mais acessível ao público, e, principalmente, às crianças.
Museu da Educação e do Brinquedo Butantã Acervo
A exibição do acervo de brinquedos é a base das atividades realizadas no MEB. De 2003 a 2005, o Museu da educação e do Brinquedo apresentou a exposição “O brinquedo e o brincar: possibilidades na conscientização de crianças e de educadores sobre seu papel no desenvolvimento humano e social”. Tinha como objetivo principal levar os visitantes a um pensamento crítico-social e pedagógico sobre conceitos de raça, gênero e condição social através de brinquedos. As exposições são abertas a todos os públicos, mas essa estava, principalmente, direcionada a professores de crianças e adolescentes e as próprias crianças e adolescentes. Nessa mesma época, em 2003, foi planejada uma monitoria para aprofundar os conteúdos oferecidos na exposição. A equipe focou numa forma de visitação que conseguisse dialogar com as crianças. O método utilizado foi o de conversar com elas antes de entrar no museu, para um melhor aproveitamento do diálogo, sobre o conceito abordado. Depois, discutir sobre o acervo com o propósito de saber o que elas entendem por brinquedo antigo, velho e moderno e, após essas conversas, entrar no espaço para conhecer a exposição. Finalizada a visita, as monitoras do MEB contavam um pouco de curiosidades sobre o patrimônio do museu e ensinavam as crianças a brincar com os brinquedos expostos.
Existiu um outro projeto em 2004 chamado “Brinquedos e brincadeiras de povos indígenas: alguns aspectos culturais” desenvolvido pelo Museu da Educação e do Brinquedo, que tinha como público alvo crianças de 1ª e 2ª série do Centro de Convivência Infantil. Ele visava proporcionar um maior contato com a cultura indígena através de brinquedos e brincadeiras. Uma das recentes exposições do museu, 2012, foi intitulada “Cenas Infantis e Brinquedos da Infância”, abrangendo as esculturas lúdicas de brincadeiras infantis feitas em bronze, da artista plástica Sandra Guinle. Além dela, houve a exposição “Brinquedos da Infância”, trazendo itens de meninos e meninas que hoje fazem parte da comunidade FEUSP.
Atualmente o museu ainda conta com a exposição “Cenas Infantis e Brinquedos da Infância” e “Brincar ou Ensinar” feita por estagiários do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Ambas estão na biblioteca da FEUSP e são abertas ao público. Resultado de inúmeras doações, o acervo é formado por brinquedos industriais e artesanais, de diferentes matérias e épocas. Ao todo a coleção conta com 555 peças (bonecas, carrinhos, acessórios para cozinha, jogos, casinhas de bonecas, brinquedos musicais e eletrônicos), 128 brinquedos artesanais, 98 livros infantis e didáticos, 200 registros fotográficos das primeiras pré-escolas paulistas e três mil jogos do Brasil e de outros países.
Vagas Museu da Educação e do Brinquedo Butantã – Trabalhe Conosco
A Museu da Educação e do Brinquedo Butantã disponibiliza vagas de trabalho durante todo ano. Para se informar sobre os processos seletivos e se candidatar as vagas acompanhe o site da empresa, onde é possível se informar sobre vagas abertas, salários e competências necessárias para se candidatar ao processo.
Horário de Funcionamento Museu da Educação e do Brinquedo no Butantã
- Segunda a Sexta das 08h às 16h30
Endereço e Telefone Museu da Educação e do Brinquedo no Butantã
- Av. da Universidade, 308 – Butantã – São Paulo – SP
- Telefone: (11) 3091-2352