O Museu de Arqueologia e Etnologia da USP Butantã é uma instituição voltada à pesquisa, à docência e à difusão cultural e científica, vinculada à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo.
Foi criado em 1989, a partir do desmembramento dos setores de arqueologia e etnologia do Museu Paulista, aos quais se fundiram as coleções do Instituto de Pré-História da USP, do antigo museu homônimo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e do Acervo Plínio Ayrosa. Está localizado na Cidade Universitária, na Zona Oeste de São Paulo.
O museu possui um dos maiores acervos de artefatos arqueológicos e etnográficos do Brasil, composto por mais de cento e cinquenta mil (150.000 ) peças, formado por meio de coletas de campo, escavações, compras, permutas, comodatos e doações, desde o fim do século XIX. A coleção arqueológica abrange os povos e civilizações do Mediterrâneo e do Oriente Médio, da América pré-colombiana e, sobretudo, do Brasil pré-colonial. A coleção etnográfica abrange peças relativas às populações africanas e afro-brasileiras e aos povos indígenas de todas as regiões do Brasil. Possui ainda uma vasta biblioteca, com cerca de 60 mil volumes, entre livros, catálogos, teses, periódicos e obras raras.
O MAE oferece cursos de extensão e disciplinas optativas para estudantes de graduação. Em nível de pós-graduação, mantém o Programa de Arqueologia para graduados em geral, formando profissionais nas áreas de arqueologia pré-histórica e histórica e arqueologia clássica. Promove exposições e programas educativos voltados à comunidade em geral. A pesquisa é desenvolvida na forma de atividades de gabinete, campo e laboratório, em convênio com diversas instituições brasileiras e estrangeiras. Mantém o Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas Mário Neme, na cidade de Piraju, e o Museu Regional de Iguape, no Vale do Ribeira, como núcleos de apoio logístico e operacional para pesquisas de campo. Também possui vínculos com o Centro de Arqueologia Biomas da Amazônia, no município de Iranduba, em conjunto com a Universidade do Estado do Amazonas. Entre 1991 e 2011, publicou regularmente a Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, em formato impresso e com periodicidade anual, mas desde 2012 a Revista do MAE passou ser semestral, em formato eletrônico e de acesso aberto através do Portal de Revistas da USP.
História Museu de Arqueologia e Etnologia da USP Butantã
O atual Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo foi oficialmente constituído em 12 de agosto de 1989, por meio da resolução n.º 3.560, emitida durante o reitorado de José Goldemberg. A medida foi tomada após apresentação de um relatório preparado por uma comissão presidida pelo professor José Jobson de Andrade Arruda, acerca do conceito de curadoria científica e de sua função organizadora em um museu universitário. A criação do novo MAE consistia, efetivamente, na incorporação dos acervos antropológicos dispersos em órgãos de integração e unidades de ensino em um novo centro científico-cultural. Foram fundidos o Instituto de Pré-História, o antigo Museu de Arqueologia e Etnologia, os setores de arqueologia e etnologia do Museu Paulista e o Acervo Plínio Ayrosa (APA). O processo consistia não apenas na fusão dos acervos museológicos e bibliográficos dessas instituições, mas também de seus corpos docentes e técnico-administrativos.
Assim, embora relativamente recente, o museu já surgiu como detentor de um amplo patrimônio, composto por mais de 120 mil peças, constituindo-se em um dos mais importantes centros de preservação da memória arqueológica e etnográfica existentes no Brasil. Na condição de museu universitário, o MAE foi estruturado de forma a atender aos pilares fundamentais da vida acadêmica, isto é, a pesquisa, o ensino e a extensão. No campo da pesquisa, o museu concentra atualmente o maior grupo de pesquisadores de arqueologia no país, dedicando-se, sobretudo, à arqueologia brasileira, responsáveis por projetos em diferentes regiões do território nacional, em convênio com outras instituições. A docência abrange disciplinas optativas de graduação, cursos de extensão universitária e o mais antigo curso de pós-graduação em arqueologia do país, além do maior número de mestrandos e doutorandos na área.
O setor de difusão cultural é responsável pela condução de pesquisas aplicadas na área de museologia e educação, pela elaboração de exposições de curta e longa duração e pelas mostras itinerantes sediadas no próprio museu, bem como pela política de empréstimo de peças do acervo para outras instituições. As obras do MAE já foram expostas em diversas instituições de São Paulo, como o Centro Universitário Maria Antônia, a Estação Ciência, o Instituto Itaú Cultural, o Centro Cultural São Paulo e o Conjunto Nacional, entre outros. O MAE foi responsável pela curadoria científica dos módulos de arqueologia brasileira e de arte afro-brasileira da Mostra do Redescobrimento, organizada em comemoração aos 500 anos da descoberta do Brasil e sediada em diversas capitais brasileiras e em outros países. Peças do museu também integraram a exposição Brasil, A Herança Africana sediada no Museu Dapper de Paris. Entre 2001 e 2002, o MAE organizou, pela primeira vez fora de São Paulo, uma mostra exclusiva de peças do seu acervo, sediada em Brasília, no Superior Tribunal de Justiça, intitulada Brasil 50 mil anos.
Instalações
Desde 1993, o MAE está instalado em um edifício de aproximadamente 4 000 metros quadrados, ao lado da Prefeitura da Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira, localizada na Zona Oeste da capital paulista. O local, anteriormente pertencente ao BID-Fundusp, foi reformado e ampliado para recepcionar o museu durante o reitorado de Roberto Lobo. O espaço é equipado com laboratórios de conservação e restauro, pesquisa e fotografia, arquivo, biblioteca, áreas para ação educativo-cultural, espaços expositivos e reserva técnica. É, entretanto, considerado insuficiente para as necessidades do museu. Em função da falta de espaço físico, somente 1% de todo o acervo encontra-se em exposição permanente.
Em 1999, a Universidade de São Paulo apresentou projeto de construção de um complexo arquitetônico de de 120 000 metros quadrados, de autoria do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, conhecido como “Praça dos Museus”, para onde seriam transferidos o MAE, o Museu de Zoologia e o Museu de Ciências, mas não foi levado adiante.
Em 2010, o projeto foi retomado, com base num acordo de compensação da dano de um sítio arqueológico no Itaim Bibi entre o Ministério Público Federal, a USP, o IPHAN e os empreendedores responsabilizados. Desse modo, o agora futuro “Parque dos museus” está sendo construído na Cidade Universitária, com 53 mil m², incluindo apenas o MAE e o Museu de Zoologia, com finalização prevista para 2015.
Acervo
O acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP é composto por mais de 150.000 peças, provenientes de escavações realizadas em sítios arqueológicos brasileiros, de coletas realizadas por etnólogos desde o fim do século XIX, bem como por compras, permutas, comodatos e doações. O acervo abrange artefatos arqueológicos (cerâmicos, líticos e ósseos, humanos e animais) relativos às civilizações do Mediterrâneo, do Oriente Médio, da América pré-colombiana e, sobretudo, do Brasil pré-colonial. A coleção etnográfica é constituída por objetos relativos às populações africanas, afro-brasileiras e indígenas do Brasil.
Vagas Museu de Arqueologia e Etnologia da USP Butantã – Trabalhe Conosco
A Museu de Arqueologia e Etnologia da USP Butantã disponibiliza vagas de trabalho durante todo ano. Para se informar sobre os processos seletivos e se candidatar as vagas acompanhe o site da empresa, onde é possível se informar sobre vagas abertas, salários e competências necessárias para se candidatar ao processo.
Horário de Funcionamento Museu de Arqueologia e Etnologia da USP no Butantã
- Segunda a Sexta das 08h às 16h30
Endereço e Telefone Museu de Arqueologia e Etnologia da USP no Butantã
- Av. Prof. Almeida Prado, 1466 – Butantã – São Paulo – SP
- Telefone: (11) 3091-4905
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