Inaugurado em 1981 o Parque Raposo Tavares no Butantã destaca-se como o primeiro parque da América do Sul a ser construído sobre um aterro sanitário.
Apresenta, por isso, características peculiares: seu solo é formado por camadas compactadas, sendo revestido por uma camada de argila para diminuir a emanação de gases, e por outra de terra que serve de substrato à vegetação.
Localizado junto à rodovia Raposo Tavares, o parque homenageia o bandeirante de mesmo nome..
Sobre Parque Raposo Tavares no Butantã
O Parque Raposo Tavares é um parque municipal administrado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo. Localiza-se no bairro de Vila Albano, na altura do quilômetro 14,5 da Rodovia Raposo Tavares, no distrito homônimo da capital paulista.
Até o início da década de 1960, a área onde hoje se encontra instalado o Parque Raposo Tavares era um grande terreno de propriedade particular, abrangendo 190.926 m². Em 1965, o então prefeito Francisco Prestes Maia desapropriou o terreno, declarando-o de utilidade pública e reservando-o para a execução de serviços de limpeza. Três anos mais tarde, o terreno foi cedido para a Administração Regional de Pinheiros e passou a ser utilizado como depósito de lixo.
Na década de 1970, entraram para a pauta do poder público municipal as discussões sobre questões ambientais urbanas, nomeadamente a destinação dos resíduos sólidos, cujo volume crescera exponencialmente em função da explosão demográfica paulistana, intensificada nas décadas anteriores.
É nesse contexto que surgem as propostas de construção dos primeiros aterros sanitários de São Paulo, visando ordenar a disposição e destinação final dos resíduos urbanos, ainda que carecessem da infraestrutura sanitária dos aterros atuais.
O primeiro aterro paulistano a ser inaugurado foi o de Lauzane Paulista, em 1974. Em seguida, foram criados os aterros de Jardim Damasceno e Engenheiro Goulart e, em julho de 1975, o antigo depósito de lixo de Raposo Tavares foi oficialmente convertido em aterro sanitário.
Neste mesmo ano, o “lixão de Raposo Tavares”, como era conhecido, foi tema de um documentário do cineasta João Batista de Andrade, intitulado Restos. O documentário registrava a miséria da população cuja sobrevivência dependia da coleta dos resíduos depositados no local, bem como repressão policial a que estava sujeita.
O aterro teve sua área gradualmente ampliada entre 1972 e 1977, agregando lotes lindeiros ao terreno, visando ampliar sua capacidade. Funcionou até agosto de 1979, quando foi desativado, encontrando-se já saturado. Após a desativação do aterro, surgiu o projeto de transformar o espaço em um parque público.
O projeto retomava uma das idéias originais para o uso do terreno: em 1961, antes mesmo de sua desapropriação, já existia uma proposta de utilizar a área para fins recreativos.
Em 1981, foi inaugurado o Parque Raposo Tavares, herdando o nome do distrito em que se localiza, dado em homenagem ao bandeirante Antônio Raposo Tavares, um dos responsáveis pela expansão do território da então colônia portuguesa. Foi o primeiro parque da América do Sul a ser construído sobre um aterro sanitário.
Essa particularidade histórica explica algumas de suas características peculiares: o solo do parque é formado por camadas compactadas e intercaladas de lixo e de terra, sendo revestidas por uma grossa camada de argila, cujo propósito é diminuir a emanação de gases, e por uma outra camada de terra, que serve de substrato à vegetação. Esta, por sua vez, é totalmente introduzida e tem seu crescimento dificultado pelas características mencionadas.
Não obstante as dificuldades provenientes da adaptação de um antigo depósito de lixo à função de parque, o projeto teve impacto significativo para a qualidade de vida da população do entorno, majoritariamente composta por famílias de baixo poder aquisitivo, residindo em uma área caracterizada pela presença de diversas favelas, ao diminuir sensivelmente, ou mesmo extinguir, problemas como a proliferação de doenças, o mau cheiro e a poluição visual, bem como ao proporcionar uma área para a prática de atividades recreativas, esportivas e de contemplação da natureza.
Infra-estrutura Parque Raposo Tavares Butantã Preços
Possui 195.000 metros quadrados de extensão, englobando bosques e áreas ajardinadas, com mais de quarenta espécies de árvores nativas do Brasil. Serve de abrigo a mais de trinta espécies de aves, répteis e pequenos mamíferos. Possui infraestrutura para a prática de atividades esportivas, culturais e de lazer.
Localizam-se no parque o Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e uma das unidades dos Bosques da Leitura do Sistema Municipal de Biblioteca.
Campo de malha, pista de cooper, playground, quadras poliesportivas, campo de futebol, sanitários, campinhos de terra, áreas de estar e aparelhos de ginástica.
Fauna
Foram identificadas, conforme a PMSP, três espécies de répteis e 28 de aves, incluindo o periquito-rico, que possui distribuição restrita à Mata Atlântica. Aves comuns de áreas abertas foram avistadas como coruja-buraqueira, andorinha-pequena-de-casa, suiriri-cavaleiro, chopim e tico-tico. A corujinha-do-mato é exemplo da fauna noturna. Dentre as espécies migratórias, foram vistos o suiriri e o andorinhão-do-temporal.
Flora
Áreas ajardinadas e bosques, com destaque para exemplares de tamboril, pau-ferro, seafórtia, acácia-negra, faveira, jerivá, quaresmeira, paineira, pau-formiga, sibipiruna, resedá, pinangee urucum.
Ecoponto Raposo Tavares no Butantã
A Central de Triagem de Materiais Recicláveis do Butantã está localizada dentro do Parque Raposo Tavares, com entrada pela Rua Nella Murari Rosa, 40. Possui 2 mil m² de área construída e é o maior equipamento para tratamento de resíduos sólidos da cidade.
Durante todo o horário comercial dos dias da semana e às vezes nos sábados, domingos e feriados, cerca de 50 trabalhadores dedicam-se à separação, ao acondicionamento e ao encaminhamento para a indústria dos resíduos sólidos que a todo instante chegam ao local. Esses trabalhadores são, em sua maioria, ligados à Cooperativa Vira-Lata, entidade que já existia no Butantã muito antes do Centro de Triagem, mas que só agora tem um ponto fixado onde exercer dignamente seu trabalho.
Em frente à Central de Triagem há o EcoPonto Jardim Jaqueline que recebe diversos materiais (móveis velhos, madeiras, restos de poda, etc), e também recicláveis (plástico, papel,metais). O local não recebe lixo domiciliar (orgânico) e nem lixo hospitalar, sendo que qualquer munícipe, mesmo comerciante, pode levar os materiais para o local.
Parque Raposo Tavares Abandonado
Há anos os moradores da região do Butantã que frequentam o parque sinalizam sobre o abandono da Prefeitura em relação a manutenção do parque.
Os funcionários existentes não são suficientes para evitar a invasão de algumas áreas. A falta de vigilância facilita o consumo de drogas, que acontece livremente.
Falta o básico como poda do mato, manutenção dos aparelhos e quadras e fiscalização.
Parque Raposo Tavares Bosque da Leitura
Aos domingos, funciona no parque o programa “Bosque da Leitura”, da Secretaria Municipal de Cultura. Possui estacionamento gratuito, rede wi-fi e área de churrasqueira de uso gratuito
Como Chegar Parque Raposo Tavares
- Ônibus – há várias linhas entre as quais, a 477P-10 – Ipiranga – Rio Pequeno, 6206-10 – Jd. D’Abril – Term. Bandeira, 7002-10 – Jd. Rosa Maria- Hosp. das Clínicas, 701T-10 – Jd. Paulo VI – Center Norte, 714C-10 – Cohab Educandário – Lgo. da Pólvora, 7454-10 – Cohab Educandário – Term. Princesa Isabel e 7458-10 – Jd. Boa Vista – Estação da Luz. Para saber outros números de linhas, fornecendo origem e destino, ligue para o telefone 156 da PMSP ou pelo site da SPTrans.
- Carro – consulte o mapa para traçar seu roteiro. Há estacionamento gratuito para veículos no interior do parque.
Horário de Funcionamento Parque Raposo Tavares no Butantã
- Diariamente das 04h às 22h90
Endereço e Telefone Parque Raposo Tavares no Butantã
- R. Telmo Coelho Filho, 200 – São Paulo – SP
- Telefone: (11) 3735-1372
Outras informações e site
- Mais informações: www.prefeitura.sp.gov.br