A assessoria de imprensa da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) afirmou nesta sexta-feira (28) que o reitor João Grandino Rodas não tem competência para ordenar a retirada da Polícia Militar da Cidade Universitária, no bairro Butantã, zona oeste de São Paulo.
A exigência da saída da PM é a principal reivindicação dos estudantes que invadiram o prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) na noite da quinta-feira (27).
Segundo a assessoria, a decisão de firmar um convênio com a PM para aumentar o policiamento no campus foi tomada pelo Conselho Gestor da USP, presidido pelo diretor de uma das unidades e composto por representantes de todas as unidades presentes no espaço, além de representantes de professores, funcionários e estudantes.
Em maio, membros do conselho pediram a nova medida como reação à morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, ocorrida na noite de 18 de maio. O jovem foi baleado quando se aproximava de seu carro em um estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA). Dois homens presos pelo crime foram indiciados por latrocínio.
A decisão do conselho foi aprovada por ampla maioria, com apenas um voto em contra, o do representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Ainda de acordo com a assessoria, a reitoria não decidiu a estratégia para lidar com a ocupação dos estudantes. Mas a decisão de pedir ou não na Justiça a reintegração de posse do prédio administrativo da FFLCH, segundo a assessoria, compete à diretora da unidade, Sandra Margarida Nitrini.
Fonte: G1