O Museu da Polícia Civil do Estado de São Paulo é uma instituição pública, que tem como objetivo preservar a história da Polícia Civil estadual.
Com base no seu acervo, pretende-se atuar como meio auxiliar de ensino da Academia de Polícia Dr. Coriolano Nogueira Cobra.
Criado na década de 1920, junto à primeira Escola de Polícia, hoje, constitui-se como um museu de artes visuais, ciências naturais, história natural, ciência e tecnologia e história.
Sobre Museu da Polícia Civil no Butantã
O Museu da Polícia Civil do Estado de São Paulo, também conhecido como Museu do Crime da Polícia Civil do Estado de São Paulo, é uma instituição pública localizada na Cidade Universitária, no bairro Butantã, zona Oeste da cidade de São Paulo.
Seu objetivo é preservar um acervo constituído por documentos de inquéritos policiais, tais como as diferentes armas utilizadas pelos civis, tatuagens típicas das cadeias, tragédias no trânsito, objetos usados em delitos e todas as outras situações que envolvem a criminalidade paulista a partir do século XX.
O museu está situado no Campus I da Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra” (Acadepol) e seu patrimônio contém cerca de 3.000 itens.
Fundado em 1927, foi nomeado inicialmente como Museu de Técnica Policial e de História do Crime. O museu foi legalmente instituído pelo Decreto Nº 4.715 em 23 de abril de 1930. Inicialmente, a instituição não era aberta ao público, sendo apenas objeto de estudos para os alunos da Acadepol. O espaço se tornou acessível à toda população, com entrada gratuita, no ano de 1952.
O acervo do museu apresenta objetos típicos utilizados pelos policiais civis no passado, assim como diversos tipos de armas – desde as domésticas, como a faca, até metralhadoras – usadas muitas vezes em crimes.
Além de tais objetos, os documentos e fotos preservados sobre a trajetória da história policial também são encontrados no museu. Todos os instrumentos apresentados visam o aprofundamento diante dos estudos de investigações policiais e crimes cometidos que marcaram o país.
Casos famosos como o Crime da Mala, Chico Picadinho e o Maníaco do Parque também compõem o acervo do local, que apresenta aproximadamente 3.000 itens – dentre eles, antigas viaturas, exposição de drogas, peças de acidente de trânsito, incêndios, mortes por armas de fogo, máquinas de azar, detectores de mentiras, entre outros – que determinam o acervo de criminalística e criminologia.
Logo na entrada do museu, há uma representação da mesa de um delegado de polícia utilizado na época. As fotos de crimes e objetos relacionados ao cotidiano da polícia paulistana também são expostas no local para os visitantes e, além disso, é possível visualizar a simulação de casos de homicídios e estupros.
O Crime da Mala
Uma das principais peças do acervo consiste no baú original usado no caso do Crime da Mala. O caso foi manchete de diversos jornais brasileiros em outubro de 1928. Em 5 de outubro de 1928, foi encontrada uma mala (em forma de baú, que é peça marcante do Museu) no Porto de Santos coberta de sangue. Um corpo feminino mutilado estava em seu interior e, por esse fato, o caso ficou conhecido como “O Crime da Mala”.
Na época, o imigrante italiano Giusepe Pistone planejava um golpe em seu parente distante, um empresário de produtos de vinho em São Paulo. Casada com Pistone, a argentina Maria Féa desconfiava de seu marido, pois o mesmo fora condenado por estelionato, e assim decidira escrever para sua mãe sobre as possíveis intenções do marido. Ao encontrar a carta, o italiano, a fim de evitar denúncia, resolveu asfixiar sua esposa, que estava grávida, no dia 4 de outubro.
Investigadores da polícia encontraram o corpo de Maria Féa esquartejado por uma navalha e com pó-de-arroz utilizado por Pistone para evitar o cheiro. No ano de 1944, após ser condenado a 31 anos de prisão, Giuseppe Pistone foi libertado a partir de uma permissão intermediada pelo presidente Getúlio Vargas. No Museu da Policia Civil do Estado de São Paulo essa história é narrada e relatada pelo policial Eduardo Pretel, monitor das visitas do local.
Drogas
O museu disponibiliza uma área para os visitantes terem acesso às informações dos efeitos nocivos sobre diversos tipos de drogas lícitas e ilícitas – como maconha, cocaína, crack e outros tipos de entorpecentes. Como forma didática, os painéis autoexplicativos apresentam, simultaneamente, as drogas comumente encontradas no cotidiano dos usuários e características relevantes sobre cada substância.
O fato de o museu abordar o tema “drogas” é considerado atração e objeto de estudos para alunos, pois este tópico é usualmente assunto de trabalhos exigidos por educadores dos treinamentos e cursos da Acadepol, assim como professores de Direito.
Viaturas
No museu há uma exposição de carros que já foram utilizados pela polícia civil nas décadas anteriores e os mesmos podem ser encontrados logo na entrada do museu. No local, podem ser analisados carros antigos como Jeep Willys, que foi muito utilizado no período da Ditadura Militar, e VW Variant, muito comum na década de 80.
Os carros utilizados pela polícia na época eram ícones das forças públicas. Por serem tão importantes para eles, decidiram preservá-los e fazer uma exposição exclusiva deles.
Horário de Funcionamento Museu do Crime no Butantã
- Terça a Sexta das 13h às 17h00
- Sábado das 08h às 13h00
Endereço e Telefone Museu da Polícia Civil no Butantã
- Praça Prof. Reynaldo Porchat, 219 – Butantã, São Paulo – SP
- Telefone: (11) 3468-3360
Outras informações e site
- Mais informações: www.policiacivil.sp.gov.br
- Ingresso: gratuito