A Casa do Butantã, ou Casa do Bandeirante, é uma construção em estilo bandeirista remanescente do período colonial brasileiro localizada no Butantã, bairro da cidade de São Paulo.
Representando um dos modelos típicos de moradia rurais paulistas, foi construída por volta da primeira metade do século XVIII em extensa área periférica ao núcleo urbano primitivo.
Esta casa retrata um inabitual exemplar de edificação que acompanha as mudanças da Cidade de São Paulo desde os primeiros séculos da colonização portuguesa, demonstrando em seu partido arquitetônico e em suas paredes a memória dos processos construtivos da arquitetura colonial paulista,em particular da taipa de pilão, técnica utilizada na arquitetura colonial bandeirista.
Possui 350m² divididos entre 12 cômodos e alpendres frontal e posterior. Atualmente o sítio no qual a casa está implantada constitui a Praça Monteiro Lobato. Tal espaço foi reservado para a preservação do imóvel quando do loteamento do bairro por parte da Cia. City. Durante a década de 1950, por conta das comemorações do 4º Centenário da cidade de São Paulo, a casa foi objeto de um projeto de restauro de autoria de Luís Saia. A casa foi tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), em 1982.
Casa do Butantã História
São Paulo nasceu com o nome de do Piratininga. Na tentativa de se livrarem das ordens da coroa e encontrarem um clima semlehante ao europeu, jesuítas e portugueses que não tinham fortuna abandonaram o litoral, atravessaram a muralha da serra do mar e fundaram a cidade. Durante um bom tempo, a população foi composta por gente muito pobre e por índios que viviam perto das vilas. A saída para tanta pobreza era procurar ouro no sertão a dentro e escravizar índios que pertenciam à tribos consideradas inimigas. Assim nasceram as Bandeiras, e também os bandeirantes, nome dado aos colonos portugueses que participavam dessas expedições.
A Casa do bandeirante é uma das memórias desse tempo de formação da cidade. Ela se localizava originalmente em terras conhecidas como Uvatantan, que em tupi guarani significa “terra duríssima”. Hoje, são conhecidas como Bairro do Butantã. Elas pertenciam ao português Alfonso Sardinha e sua esposa, que deixaram as terras de herança aos jesuítas. Depois, a casa passou por diversos proprietários, nenhum deles bandeirantes. Mesmo assim, a casa é chamada de Bandeirantes, pois, em 1954, às vésperas de comemorações de 400 anos da cidade, decidiram dar esse nome ao lugar como parte das festividades. A ideia era reproduzir um autêntico sitio bandeirante em pleno século 20. Localizada próxima as margens do Rio Pinheiros, é um remanescente das construções paulistanas do período colonial, conhecidas pela arquitetura marcante da época, com paredes feitas de taipa de pilão e pé-direito alto. Ainda está localizada próxima ao rio, retificado no século XX. Originalmente a casa estava posicionada a sua margem, isto porque as águas eram a principal via de transporte, e morar na beira do rio era algo prático.
Arquitetura
A “Casa do Bandeirante” é considerada um dos exemplos mais fiéis do padrão de vida dos bandeiristas e fazendeiros paulistas desse período. Esta casa retangular de 17,70 x 20,20 m é composta por doze cômodos, cada um com seu próprio uso determinado. Há dois alpendres: um na frente, outro nos fundos. O da frente possuí uma mureta de um metro de altura. No alpendre,a porta central dá para a sala que liga os quartos principais. Outra ao centro liga com a sala de jantar, localizada perto de dois quartos, sendo um possivelmente usado para os trabalhos domésticos, abrigando tear de tecidos, tear de redes, dobadoura, roda de fiar, etc. A do meio se comunica com o alpendre de serviço, que dá acesso ao quarto onde se guardavam os arreios, canastras e que também servia de oficina para reparos. Do outro lado estava o quarto onde se guardavam os mantimentos e a água para o consumo diário. Uma das portas dão acesso à capela, onde eram celebradas as missas e novenas. Os quartos de dormir eram todos forrados com tábuas largas, de canela preta. Essas tábuas foram retiradas por pessoas que moravam perto quando a casa foi desocupada. As janelas dos quartos de dormir eram bloqueadas com grades de madeira, o que tornavam aqueles cômodos excelentes “prisões” para as crianças da casa, quando essas praticavam travessuras.
Os fogões ultimamente não eram usados nas residências rurais paulistas do século XVII e grande parte do século XVIII. Na “Casa do Bandeirante”, também não foram encontrados vestígios dele. Deduz-se que o habito dos indígenas de cozinhar ao ar livre, sobre pedras, havia sido adotado pelos paulistas. Na casa, provavelmente cozinhavam na varanda do lado de trás da casa, que dava acesso ao jardim traseiro, até pela quantidade de fumaça que saía. Já o telhado da casa é largo e inclinado nas pontas, para assim facilitar a queda da água e galhos na chuva. Com telhas de canal, seu material torna a casa vulnerável a frentes frias e ventos, por possuir uma entrada fácil. Por fim, o piso é feito de terra batida, técnica de construção muito usada na época.
Vagas Casa do Butantã – Trabalhe Conosco
A Casa do Butantã disponibiliza vagas de trabalho durante todo ano. Para se informar sobre os processos seletivos e se candidatar as vagas acompanhe o site da empresa, onde é possível se informar sobre vagas abertas, salários e competências necessárias para se candidatar ao processo.
Horário de Funcionamento Casa do Butantã no Butantã
- Segunda a Sexta das 08h às 16h
Endereço e Telefone Casa do Butantã no Butantã
- Praça Monteiro Lobato – Butantã – São Paulo – SP
- Telefone: (11) 3031-0920